segunda-feira, 23 de janeiro de 2006

...nada

...caiu num poço sem fundo. A queda é aterradora e a uma velocidade estoteante. Deixo de ver a luz e, de repente, tudo se torna completamente escuro e negro. O maior dos medos, o de não conseguir ver algo a brilhar mesmo que seja algo muito tenue, torna-se realidade. Anseo por chegar ao fundo. Não suporto mais esta angustia, esta dor, este sofrimento. As tormentas do passado fecharam-me num baú. Já tentei escapar mas... sem chave torna-se impossivel. Tento não pensar e resistir, mas de cada vez que tento sei que é em vão, não sei porque o faço e por isso já me decidi a desistir. A ausencia de cor torna-me num nada. A realidade é demasiado dolorosa para que a possa aguentar o peso da vida. Não quero abrir os olhos ao acordar, como se pudesse com isso resistir a esta angustia. Mas não. É sempre tudo em vão. Tentei viver no mundo de fantasia mas os sonhos tornaram-se todos em pesadelos sem fim, ainda assim, mais suportavel que a realidade dura do real. O frio, a dor, os sentimentos fisicos começam a deixar de existir. Deliro em desmaios continuos de que anseio não acordar; enquanto não tenho consciencia não doi, não sofro, não sinto. Nunca aprenderei a viver nas trevas, não é vida, não é nada. Torno-me num nada. Nada...

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1 comentário:

Anónimo disse...

O medo .. um dos meus maiores medos é a solidão.. é querer falar e não ter ninguém para me ouvir.. quando isso acntecer terei de escrever, isso provavelmente fará com que cada linha signifique para mim momentos de vida.. estas zangado comigo mas não estejas .. não deixes que o meu medo se torne realidade mais cedo.. fala.. escrve