...e como um sonho, ela apareceu. No silêncio obscuro de uma noite estrelada, uma estrela, mais do que todas as outras, brilhava. Era unica, bela, reluzente e misteriosa, diferente de todas as outras. De facto, era tão brilhante que o brilho das outras estrelas simplesmente quase se apagava. Tão brilhante que transformava a noite em dia. Estava cego e só agora a vi, mas tenho logo de fechar os olhos para não me ofuscar. Mas algo de estranho se passava, aquela estrela sempre ali estava e eu nunca nela reparava. Um enigma naquela se noite abateu sobre mim, mas depressa descobri. E foi assim que aprendi, olhos fechados e coração aberto, é esse o segredo das estrelas. Já a conseguia ver. Agora só me falta entender o que elas querem dizer. Muitas vezes não as consigo encontrar mesmo que as procure. Não são elas que se escondem, somos nós que não as sabemos ler. Demorei mas entendi. Já não tento perceber, elas estam espalhadas pelo meu caminho. Revelam-se a cada passo a cada momento que damos ou temos, sem termos que correr, sem pressas. É quando menos esperamos que elas surgem escondidas para nos iluminar. E é assim que deve ser. É demasiado perigoso procurar o fim de um caminho, acabamos sempre por tropecar em algo que nos faz cair mesmo á nossa frente, mas ela está lá, sempre, para nos levantar e guiar...
domingo, 19 de fevereiro de 2006
terça-feira, 14 de fevereiro de 2006
...café
...rodeio suavemente com os meus dedos a borda de uma chávena de café como se fosse a unica coisa que existisse nakele momento, naquele espaço naquele tempo, naquele mundo que só nos conhecemos. Mexo e remexo enternamente o açucar no café como se fosse mel do teu olhar e misturo-o delicadamente para tentar encontrar a cor que tens quando olhas para as ondas do mar. És mel que alimenta a minha alma que dá cor ao meu coração e que ilumina o meu mundo. Procuro entre Lua e as estrelas esse teu brilho que me faz brilhar mas nada, nem elas conseguem alcançar esse misterioso brilho que tens no teu olhar. Fazes-me odiar as frases por serem em ti todas elas pérfidas. Queria dizer-te com palavras tudo o que sinto, por a tua mão no meu coração, mas tudo em ti deixa todas as letras sem significado. Entre silêncios escondidos por olhares misteriosos procuro um sinal de ti, algo que me faça sentir mais perto, algo que me faça sentir realmente vivo. Tento desenhar-te, pintar-te, eskrever-te, sentir-te mais em mim mas é sempre tudo em vão como o que sinto no meu coração. Todas as ideias me ocorrem á cabeça vindas da minha alma mas quanto penso em ti tudo acaba e o mundo desaba...
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006
...tu
...tentei agarrar as palavras para te poder recordar, para que não me pudesse esqueçer de nenhum pormenor. Mas eras tu, tenho a certeza, só podias ser tu. Tu naquele dia, naquele sonho brilhavas na imensidão da noite escura e fria e tu, só tu, me deixavas quente com o calor da tua presença, esse teu calor que só tu me puderias causar. Tentei agarrar-te, segurar-te pela mão, mas por muito que tentasse havia algo que me puxava, que não me deixava tocar-te. Só queria sentir-te, pelo menos só por uma vez. Os meus olhos gritavam de raiva e as minhas lágrimas queimavam-me o rosto por não te conseguir alcançar e quanto mais eu tentava mais tu brilhavas como o brilho unico de uma estrela. Cegavas-me, os meus olhos pérfidos não me permitiam que te vislubra-se, és demasiado pura para mim. Dou voltas e voltas na cama a pensar como te alcançar e não desisto nunca de tentar pelo menos até acordar. Fecho os olhos e só desejo conseguir sonhar mais. Mas chegou tudo ao fim. Acabou, acabou tudo. Mas eras tu, tenho a certeza que eras tu, só podias ser tu. Só mais tarde percebi que eras tu que estavas a pensar em mim e não me podias tocar enquanto eu estava a sonhar...
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